sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Única

Acho que é aquilo que eu sou, não digo isto no bom sentido nem no mau, é apenas diferente, sou apenas uma pessoa incapaz de se guiar pela história de vida de outra pessoa porque nenhuma é similar ´
a minha.
O meu pai acabou de dar cabo de uma cadeira da cozinha por causa da cama da cadela estar debaixo do aquecedor, a minha mãe foi dormir apesar de saber que vai ser complicado para ela, e eu estou no meu quarto a ouvir adore you  e a escrever com um aperto no coração mas continua impavida e serena, e é assim que é suposto continuar como tudo é suposto estar, queria chorar, aliás estou perto de o fazer, mas nada pior seria ver uma adolescente a chorar por dramas familiares, eu fujo à regra, eu não sou o suposto, duvido que algum dia o seja, acho que as coisas se vão resolver aliás como sempre acontecem.

O facto de ter medo de esta singularidade de ser eu me prejudique quando tentar ser alguém, acho que não me fiz entender mas nem eu percebo metade do que digo, vou estar dedicada a mim, nem a amigos nem rapazes , apenas a mim, no meu canto, no meu mundo, no meu eu, como eu queria ser a única pessoa no mundo.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Tudo começou para nunca mais acabar.

O que é que começou exatamente?
Vai ser sempre assim? a mesma ansiedade a mesma vontade de fazer as coisas depressa demais com medo de as perder como tudo que já foi meu e agora já não é.
Perder pessoas que consideramos nossas mas nunca foram é mais doloroso do que aquilo que é humanamente aceitável.

Perdi coisas, ganhei outras, cenas que acabaram das quais não me lembro o começo.
O mundo dá voltas e nós dámo-las com ele, alguns estão preparados, outros não mas é inevitável, vamos sentir sempre saudades de algo, algum momento que vou demasiadamente vivido e apreciado para não ser recordado, e é a recordar  que as saudades vêm e com elas todas as pessoas que me fizeram mal e todas as pessoas que me fazem rir todos os dias.
Não me posso queixar da vida que tenho, não podia pedir mais, então não sei porque é que me sinto tão azia, tão cheia de nada, tão ansiosa para algo irreal acontecer.